Muito se fala sobre métricas para mensurar os resultados das ações digitais. Número de fãs, Talking About, seguidores, RTs ou Share of Voice são alguns dos indicadores que estamos cansados de debater. Mas você percebeu que todos estes estão relacionados às mídias sociais? Mas e as ações com aplicativos móveis? Como medimos?
As métricas para Apps Mobile têm sido pouco debatidas nos fóruns, blogs e eventos de publicidade aqui do Brasil. Então, para quem está criando (ou já criou) seu App Mobile, vamos listar algumas métricas que podem ajudar a mensurar os resultados do seu aplicativo e a entender o retorno dessa mídia.
Métricas de Aquisição
O objetivo das métricas de aquisição é mostrar como o seu aplicativo está conseguindo novos usuários, quantos eles são, de onde vêm e quanto estão custando.
- Total de Downloads: Como o nome explica, a métrica indica quantas vezes o aplicativo foi baixado. É um índice que demonstra a curiosidade pelo seu aplicativo.
Não fique feliz só porque o aplicativo foi baixado várias vezes. Temos que olhar outros índices.
- Número de Usuários: Total de usuários que possuem o aplicativo instalado no celular. Naturalmente, esse número será menor que número de Downloads, pois o mesmo usuário pode baixar o aplicativo mais de uma vez.
Se o número é perto do número de downloads, já indica uma aceitação inicial boa. 🙂
- Novos Usuários (por dia ou mês): conta o número de usuários que utilizaram o aplicativo pela primeira vez num determinado período de tempo. Métrica importante para monitorar a taxa de crescimento do aplicativo.
Estamos estagnados? Devemos investir publicidade para trazer mais usuários?
- Custo por Aquisição: Como o nome sugere, a métrica aponta o custo para adquirir cada usuário do aplicativo.
É importante monitorar de onde veio cada usuário e comparar quais canais estão tendo o melhor custo benefício (site, email marketing, SMS, busca paga, busca orgânica…). Qual desses canais traz o público-alvo da ação? Qual desses canais traz os usuários mais engajados?
- Informações demográficas: Onde estão os seus usuários? Existe uma região onde o aplicativo é mais popular? Quem usa mais: homens ou mulheres? Com base nos dados, convém buscar um público-alvo mais amplo ou concentrar na segmentação de um grupo demográfico?
- Plataforma de distribuição: O objetivo dessa métrica é entender onde seu aplicativo é mais usado. Android? iOS? Windows Phone?
Além do sistema operacional, é fundamental observar os recursos de hardware dos dispositivos do seu usuário. Investir em features que exijam mais recursos pode ser um tiro no pé, se seus usuários possuirem aparelhos mais simples.
A informação sobre o SO também é importante para direcionar os esforços no aplicativo. Por exemplo, quando o Facebook percebeu que o número de usuários de Android que acessavam a rede social era maior que os da Apple, fez até camapanha interna para trocar o celular dos desenvolvedores.
Métricas de Engajamento e Retenção
As métricas a seguir nos ajudam a entender o quão engajados são os usuários do aplicativo e qual a fidelidade deles.
- MAU e DAU: Não tem nada de mau nessas métricas: MAU é uma sigla para Monthly Active Users e DAU quer dizer Daily Active Users. As métricas apontam para o número de usuários ativos por mês e por dia, respectivamente.
Entender esses números nos ajuda a fazer previsões sobre crescimento (ou não) do aplicativo, além de medir o engajamento. De que adianta vários downloads se não temos usuários ativos?
- Stickiness (DAU/MAU): Traduzindo ao pé da letra, Stickiness significa viscosidade. A razão entre o DAU e o MAU indica o quanto o app “cola” no usuário. O baixo valor nessa métrica, mostra que os usuários não colocaram o aplicativo na rotina diária e que o engajamento não anda lá essas coisas.
As vezes, um baixo Stickiness pode ser porque o usuário esqueceu do aplicativo. Então, o plano de ação pode incluir Push Notifications no sistema operacional móvel, envio de emails ou até SMSs para trazer o usuário de volta ao aplicativo.
Considerando o médio ou longo prazo, a queda nesse indicador pode ser um alerta para o fim da vida útil do aplicativo.
- Frequência: mostra o número de visitas que o usuário faz em um determinado período ao aplicativo. O tempo da medição depende das características de cada app. Além de indicar engajamento, a métrica também demonstra a fidelidade do usuário.
- Tamanho da sessão: Por quanto tempo o usuário utiliza o aplicativo? Por quanto tempo o usuário utiliza cada módulo do aplicativo? As respostas para essas perguntas dão importantes insights sobre o engajamento no app.
No caso de branded apps, saber o tempo que o usuário utiliza o aplicativo é tão ou mais importante que o número de downloads. Para quem investe em publicidade no aplicativo de terceiros, essa métrica é fundamental para saber se o investimento está valendo a pena.
- Retenção : Se mudanças ocorrerem no aplicativo, como melhorias e adição de novas features, é importante que a retenção seja observada através de uma Cohort Analysis. De maneira resumida, essa análise vai separar os usuários em grupos que começaram a usar o app em datas específicas. Após essa etapa, observamos qual o percentual de cada grupo de usuários que volta a usar o aplicativo após a primeira semana, por exemplo.
Com base nesse índice, identificamos quais mudanças foram realmente benéficas para aumentar o engajamento do usuário.
Outras métricas
As métricas que conversamos acima são métricas importantes para diagnosticar o sucesso ou não de um aplicativo, mas são métricas genéricas. Cada aplicativo deve possuir métricas contextuais baseadas nos objetivos de negócio que precisam ser alcançados. Essas métricas vão depender do mercado que o aplicativo está inserido e, muitas vezes, refletem ações que você quer que seu cliente realize como informar o e-mail ou assistir a um trailler.
Você utiliza alguma outra métrica no seu aplicativo mobile? Deixe sua dica aqui nos comentários.