Desde a popularização da internet, o Google tem sido a plataforma de busca mais requisitada do mundo. Ao longo dos tempos, ela veio diversificando a sua forma de transmissão de conteúdo dos mais variados segmentos à todas as pessoas. Criou o Google Academics, que facilitou a vida dos universitários e professores na sua busca por artigos. O Maps permite localizar qualquer endereço em qualquer lugar, o Drive armazena seus dados na nuvem, quase deixando o querido pen drive ameaçado de extinção. Podemos citar produtos como Code, Alerts, Docs, News, Analytics, Cloud Print, Play Music, Books, Movies, Games e tantos outros serviços que não nos faz pensar em escolher outro buscador. Mas o Google quer mais. Muito mais.
Estilo “Pac Man”
O Google comprou no segundo semestre de 2013, o Bump, aplicativo que permite a troca de dados entre telefones, tablets e notebooks através do toque entre os aparelhos, e o Flock, mídia social que concede ao usuário do iPhone e iPod Touch a reunião de fotos de amigos e eventos em apenas um local. Nesta quinta-feira, dia 02, foi anunciado pela INFO e pelo G1, através do Tech Tudo, que os usuários dos apps terão até dia 31 de Janeiro para retirar arquivos postados nestas plataformas, senão, tudo será deletado. O Bump e o Flock serão apagados da loja de compras virtuais Play Store para ser incorporado ao Android.
Outros aplicativos também já foram “abocanhados”, como o Waze, o famoso aplicativo israelense, considerado um dos melhores do ano pela INFO, que proporciona informações sobre tráfego, blitz, localização de radares e acidentes ocorridos nas pistas. Com essa ferramenta, o Google pode aprimorar o Maps, criando novos usuários e atualizando o sistema. O Wavii, startup que investia em processamentos de linguagem natural e criava índices para narrativas encontradas na internet e as organiza com as informações mais relevantes foi comprado por 30 milhões de dólares.
Google quatro rodas
O jornal norte-americano The Wall Street Journal divulgou no final do mês de dezembro que o Google, em parceria com a companhia de tecnologia de computação visual, NVIDIA, e a Audi, estão desenvolvendo, fundamentado no Android, um sistema de informações e entretenimento para carros. Com isso, será possível além da interação entre o veículo e aparelhos móveis, acessar todo conteúdo disponível como serviços de navegação e aplicativos dentro do automóvel.
Por que comprar tanto?
A intenção do Google seria juntar todas essas tecnologias e a partir da proposta inicial de cada uma, aperfeiçoar ferramentas já existentes ou criar novos aplicativos. E tais aplicativos poderiam ser inseridos, por exemplo, na rede social Google +, considerada a terceira mais usada pelos usuários, no Play Books, através de um novo sistema de organização de E-books ou apenas disponível na Play Store, com novos visuais e novas utilidades. Seria uma forma de destronar seu antigo concorrente, Apple, já que vem perdendo espaço gradativamente. O sistema Android já domina o mercado de telefonia móvel. De acordo com a Forbes, 900 milhões de usuários são adeptos ao sistema operacional contra 600 milhões da companhia administrada por Tim Cook.
A tendência é adquirir patentes e comprar cada vez mais startups para conseguir aumentar seu espaço na internet e na vida das pessoas. Esses aplicativos, na modalidade “freemium”, a maior fonte de renda da empresa, somam 98% dos lucros com apps que, de acordo com a plataforma de pesquisa Distimo, poderá tornar o Google a gigante da tecnologia. E ele quer ferozmente a coroa.