Qual o segredo do vídeo que em apenas seis dias teve mais de 25 milhões de visualizações no YouTube?
Semana passada, a cia. aérea canadense WestJet publicou um vídeo emocionante de Natal em seus canais digitais. O vídeo foi uma sacada tão genial que resolvi incorporá-lo neste artigo sobre Storytelling.
Se você não viu, recomendo que assista antes de ler o que vou lhe contar depois:
Geralmente, quando pensamos em ferramentas de marketing, nos esquecemos daquela mais antiga: contar histórias.
Somos contadores de histórias desde os primórdios. Na infância, gostávamos de ouvir e contar nossa história favorita. Hoje, contamos nossa história favorita aos nossos filhos. Amanhã vai ser assim também com nossos netos.
O que faz bons livros, bons filmes e boas novelas terem sucesso? Histórias que prendem a atenção.
Nesta era de sobrecarga de informação, onde tudo o que as empresas querem é ganhar a atenção das pessoas, o que elas podem fazer? Bingo! Contar boas histórias. Empresas que contam histórias bem contadas conquistam o ativo mais valioso de marketing hoje em dia: a atenção do consumidor.
Storytelling é a arte de contar histórias. Essa arte desempenha um papel muito importante no Marketing de Conteúdo. A ferramenta pode ser utilizada em apresentações, vídeos, textos e adaptados para as mais diferentes mídias. É importante adequar a história para cada canal.
Recomendações para o contador de histórias
Recentemente, a Revista HSM Management (no. 99) divulgou o Dossiê Storytelling, onde apresenta sete recomendações de Paul Smith, autor do livro “Lead with a story”. São elas:
1. Começar com o contexto;
2. Usar metáforas e analogias. Bem escolhidas, elas podem tornar a história muito mais impactante;
3. Emocionar: as pessoas tomam decisões baseadas majoritariamente em emoções. Então as racionalizam até sentirem que finalmente agiram de maneira lógica;
4. Manter as histórias específicas e concretas. Assim, serão mais atraentes e memoráveis. Os protagonistas devem ser de carne e osso, com problemas reais. Desse modo a audiência se identificará com eles e validará o relato;
5. Incluir uma surpresa. Esse recurso faz com que o público preste atenção e se lembre melhor da história. Permite que o cérebro libere adrenalina, neurotransmissor responsável pela consolidação da memória;
6. Empregar um estilo narrativo e apropriado e ser conciso, indo direto ao ponto. Smith recomenda utilizar uma estrutura simples, que é a que aprendemos desde pequenos com os contos;
7. Ir além de contar uma história à audiência, para criar uma cena da qual esta possa participar. Isso também demonstra respeito pelos outros que recebem a história como um presente e não como uma imposição.
Reparou como a Westjet aplicou diversas dessas táticas em seu vídeo? Quando a marca percebeu a forma de contar a história valorizando seus clientes e conquistando novos fãs, ela acertou em cheio!
Através de um enredo envolvente, conseguiu fazer com que nos identificássemos com aquelas pessoas. Ou ainda imaginássemos outras pessoas que gostaríamos que estivessem ali, naquele lugar. Quem não imaginou o seu próprio desejo de natal? Ou o desejo de natal de alguém querido… E quem não se alegrou ao ver a alegria do outro? Quem não ficou na maior expectativa para ver as reações de surpresa daquelas pessoas? Pura emoção.
Eis a fórmula para tocar corações. Conte histórias.
E você, o que achou do vídeo? Deixe seu comentário.