Seja para reunir investidores e abrir um negócio, dar palestras, oficinas, repassar conhecimento ou mesmo ter uma rotina de trabalho tranquila, a modalidade coworking procura abarcar não apenas esses serviços, mas oferecer uma estrutura de trabalho adequada ao segmento do qual o cliente é inserido.
O coworking não apenas traz benefícios ao empreendedorismo, mas fomenta ofertas de trabalhos, prospecção de negócios, redução de custos para elaboração de escritórios e locais de atendimento e até mesmo favorece na esfera pública, com a ocupação de lugares abandonados ou não ocupados por um longo período.
(Foto: Pixabay)
Os Números do Mercado
De acordo com o Censo Coworking Brasil 2016, o segmento cresceu 52% em relação aos números levantados em 2015. O crescimento deve-se a vários fatores como a crise financeira, desistência de escritórios tradicionais, redução dos custos e mudança de cultura e hábitos de trabalho, com funcionários se adequando mais a espaços compartilhados de trabalho.
Com o avanço da tecnologia e das plataformas de comunicação, o campo da moda, educação, gastronomia e outros estão enveredando para a nova forma para prosperar seus empreendimentos.
Em relação ao ano passado, o segmento abriu 52% unidades a mais, ganhando força na região sudeste, sul e nordeste. O crescimento gerou mais de 10 mil postos de trabalho, além de alterações de funcionamento, abrindo espaços que funcionam 24 horas, que aceitam animais de estimação e organização de eventos. A pesquisa reitera que as principais áreas de atuação dos clientes são direcionadas a consultoria, publicidade, marketing e startups.
Logo no início do ano, a revista Exame já previa que o setor de coworking teria um salto lucrativo e um aumento da demanda no Brasil e no exterior. Isso baseado nos resultados da pesquisa da Deskmag, um portal internacional sobre Coworking, que previu até o final de 2016 mais de 10 mil espaços de Coworking no mundo – e em 2017 a previsão é de 12.700.
“Acompanhando o crescimento exponencial do mercado, vários espaços de Coworking brasileiros estão trabalhando a expansão de suas marcas pelo país. Entre elas, a empresa My Office Escritórios Inteligentes que consolidou o modelo para franchising no final de 2015”, afirma a publicação.
Quartel general de empresários
Exatamente. Pensando na ideia de aproximar pessoas e projetos que o empresário Carlos Cézar Lopes decidiu fazer o centro de comando para empreendedores, criando a Bunker Coworking, que começou as atividades nos últimos meses em Recife e comandada também pela sua esposa Isabelle.
Com espaço para salas privadas e para reuniões, auditório e estações de trabalho compartilhada, a empresa abriga empresários que precisam de um lugar para se acomodar e tocar a sua empresa com tranquilidade e precisão.
“O nome Bunker veio de um termo utilizado pelo meu ex-chefe na indústria naval. Um belo dia em um projeto que trabalhamos em 2010 foi preciso fazer um replanejamento da construção de uma plataforma, então ele trancou a equipe de planejamento em uma sala e falou que ali era o Bunker (Quartel General = Bunker) da obra. Ao colocar este nome, quero passar a ideia de QG do empreendedorismo, da conexão, da interação, da criatividade, etc”, afirma Carlos sobre o começo da empresa.
“Em julho do ano passado, saí de férias da empresa que trabalhava e fui conhecer a empresa Nex Coworking. Logo me encantei com a proposta de integrar as pessoas, conhecer novos negócios e resolvi investir, saindo da cidade onde morava no Rio Grande do Sul e retornando a Recife”, explica.
Com o apoio do gestor do Nex Coworking, de arquiteto, publicitário, Planejamento de Marketing e assessoria do Sebrae, a Bunker foi implantada com boa localização, permitindo que empreendedores desenvolvam seus negócios sem se deslocar muito, trabalhando tranquilamente na sua área e permitindo entrar em contato com outros empresários e negócios. “Queremos que as pessoas saiam do isolamento e interajam com pessoas de áreas diferentes e outros empreendedores de sucesso”, comenta.
Solução para Empreendedores
Para quem começou a trabalhar com consultoria, assessoria, produção de conteúdo ou trabalha com outros colaboradores em ambientes domésticos, o segmento pode ser uma solução para evitar mesclar vida pessoal com profissional, invasão de privacidade, stress e aumento de gastos (luz, água, internet, alimentação, transporte, etc), assim como ter um ponto do qual o usuário pode se reunir com seu cliente sem preocupações externas.
Para complementar o assunto, os colunistas Felipe Pereira e Cyelen Veloso também discutiram o coworking nos seus artigos. Você pode aprofundar o assunto lendo eles aqui e aqui.