Insultos. Ameaças. Avisos. Empurrões. Tapas. Socos. Chutes. Lâmpadas quebradas. Barras de ferro. Revólver. Metralhadora. Rifle. Morte. Mortes.
Lendo palavras soltas assim, parecem itens vindo de alguma cena de filme de ação. Entretanto, a vida é mais explosiva e sangrenta do que nos cinemas, especialmente com cidadãos homossexuais que sentem na mente e na pele cada um desses itens. Até mesmo crianças, que ainda estão se conhecendo e formando sua personalidade, estão sujeitas a um nível de intimidação.
Com certeza você já leu alguma matéria relacionada a homossexualidade e se deparou com uma dessas palavras acima, ou duas, ou a maioria delas. Por mais que tenhamos avanços e algumas boas notícias, infelizmente o critério de noticiabilidade “negatividade”, empregado pela maioria dos jornais ainda é majoritário, visto a crescente quantidade de matérias sobre mortes e a caça aos gays, sob desculpas religiosas, machistas ou por intolerância e falta de respeito.
Os números
Segundo o jornal A Tarde, 318 homossexuais foram mortos no Brasil ano passado. 52% gays, 37% travestis, 16% lésbicas e 10% bissexuais. Os dados foram levantados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), a mais antiga entidade do gênero do Brasil. Essa pesquisa leva em consideração o ataque ao grupo LGBT como assassinatos e não quebra de lei e pena de morte como em outros países. Atualmente temos 73 nações que caracterizam a relação homossexual como crime e, dessa quantidade, 13 consideram pena de morte e outros prendem o cidadão por 14 anos ou por prisão perpétua, segundo a Associação Internacional ILGA (International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex Association), com os dados publicados pelo G1.
É claro que algo precisa ser feito para que as pessoas e seu líderes não continuem a influenciar a violência, a matança e a eliminação de pessoas que querem expressar o seu amor e estar do lado de quem ama. A nossa massa, a população precisa reconhecer, respeitar e amar a todos, sem discriminação ou violência. E cabe a nós, comunicadores, ampliar os horizontes do povo e pregar a tolerância e amor ao próximo.
As mensagem que nós, emissores, enviamos ao receptores, a massa, precisa ser limpa de estereótipos, preconceitos, insultos e inferiorização. Precisa ser moldada para emponderar, respeitar e mostrar que eles não são a minoria ou a maioria, e sim, um conjunto somado por brasileiros e brasileiras. Precisam de uma representação verdadeira e sólida, além de evidenciar boas ações que demonstrem proteção e amor, como esta ou esta.
Na verdade, temos vários exemplos para você se inspirar:
Produtores de conteúdo precisam se atentar para suas campanhas, textos, vídeos, podcasts e outros materiais de mídia para que haja a inclusão de casais LGBTTs que representem a população e que demonstrem o desejo por adquirir um produto ou consumir uma informação do qual seja útil e que se sintam bem e felizes com o seu trabalho.
Seja em campanha de cosméticos, releases para imprensa, na elaboração de um briefing para uma peça, durante uma coletiva, em matérias para TV, rádio e jornal ou mesmo numa conversa.
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* Caso haja a necessidade de pedir socorro devido a alguma ameaça, não deixe de chamar a polícia ou utilizar estes aplicativos:
Socorro | Itunes: https://itunes.apple.com/br/app/socorro/id396898461?mt=8
Sinal de Socorro | Android: http://www.androidpit.com.br/app/com.waracle.distress_signal