Dizem que o título é a última coisa que você cria em um texto. No meu caso, o título foi a primeira. Quem trabalha com redação sabe a importância do conjunto de um texto e o poder que ele tem em uma campanha publicitária. Como já disse em um artigo anterior aqui no Digaí, os redatores têm o grande dever de encontrar as palavras certas para transmitir a mensagem ao público-alvo, sem deixar de lado a criatividade e principalmente a coerência.
O título é a principal maneira de atrair a atenção do consumidor. Se você quer que alguém leia todo o seu texto, então é melhor caprichar no título! Não se esqueça que é muito importante que todos os elementos do texto tragam a mesma mensagem, estejam em harmonia e que, de alguma forma, gerem a persuasão do consumidor.
O que é um título e como ele é construido?
O título é o lugar da informação mais importante do anúncio, texto, artigo, postagem… é nesta frase curta, criativa e objetiva onde está o que precisa ser dito em primeiro lugar. Quando você tem bem definida a sua promessa básica na sua campanha (o principal benefício ou atributo do que você oferece).
A função mais importante do título é identificar o público-alvo e despertar o interesse pela leitura.
Os títulos podem ser diretos, quando informam a principal característica do produto ou serviço ou, até mesmo, do conteúdo que o leitor está prestes a descobrir, ou indiretos, quando representam um apelo emocional e tratam dos benefícios.
A escrita dos títulos normalmente faz uso de uma função da linguagem que atende a linha criativa e ao apelo escolhido para a campanha. Isso nós já vimos nestes posts do Digaí.
Ela pode ser emotiva ou expressiva: o emissor pode ser o produto ou a empresa, ou seja, temos um título no qual a empresa ou o produto “fala” em primeira pessoa.
Exemplo: “Nós temos a fórmula perfeita para sua empresa”
Esta função é pouco utilizada, pois a maioria dos redatores prefere deixar à empresa e ao produto a assinatura da peça.
Diretiva ou conativa: o receptor aparece citado no título. Muitas vezes o verbo é empregado no modo imperativo. Exemplo: “O E-book X foi feito para você que adora ler e ganhar dinheiro”.
Informacional: o que vemos no título é a própria informação, o diferencial técnico do produto. Este tipo de título vai direto ao tema principal, o que torna as peças pouco criativas. Exemplo: “Saiba como divulgar sua empresa”.
Os títulos também podem ser metalinguisticos (transformam-se de acordo com o canal que está sendo divulgado), contextuais (adaptados por situações reais), poéticos (rimas, trocadilhos, metáforas), e interativos.
Quais formatos de títulos existem e como usá-los?
Existem três maneiras de se construir títulos curtos ou longos: simples, composto e sequencial. Os simples são formados por apenas uma frase. Os compostos são formados por mais de uma frase na mesma página. Título sequencial: formado por mais de uma frase, alocadas em páginas (ou peças) em sequência.
Armando Sant’anna apresenta uma lista de possíveis formatos de títulos:
Afirmativo: Lucro garantido com esta técnica revolucionária.
Título promessa: Aumente suas vendas e construa uma base sólida de seguidores.
Conselho: Você precisa conhecer esta técnica que estou utilizando para escrever títulos.
Noticioso: Ele conseguiu o que queria. Veja como.
Dramatização: Vai perder esta chance de arranjar o emprego dos sonhos?
Comparação: Empreendedor de sucesso segue estas fórmulas, e você?
Suspense: Você sabe o que as empresas de sucesso fazem?
Interrogativo: Quer saber como aumentar seus lucros com pouco investimento?
Negativo: É melhor não saber o que ele fez para vender seus produtos.
Testemunhal: Mark Zuckerber usa esta fórmula, veja como.
Qual a relação do título e o público-alvo?
Os títulos podem ser abertos ou fechados. Os títulos fechados, por serem dirigidos, podem afastar pessoas que não se identificam com a mensagem. Já os abertos, por não se dirigirem especificamente a ninguém, podem não gerar nenhuma identificação. Tudo depende do seu objetivo e a maneira que você pretende persuadir o consumidor.
Digaí, qual outra técnica você utiliza para criar títulos? Deixe o seu comentário, compartilhe este post e acompanhe as novidades sobre redação aqui no Digaí.