Na década de 1930 o produtor chamado Eugen Berthold Friedrich Brecht desenvolveu uma teoria denominada Teoria do Rádio. Berthold era ator de teatro e visava a mídia como uma aliada da arte da cultura. Ele foi um conceituado dramaturgo alemão dó século XX e ficou conhecido por ter desenvolvido a Teoria do Rádio, que trata não apenas sobre a capacidade de transmissão em massa mas, principalmente, sobre a interação entre o ouvinte a mídia.
Berthold dizia que as teorias aplicadas no Teatro Épico devem ser aplicadas no sistema radiofônico. Mesmo na época onde a censura era fortemente exercida entre os meios de comunicação, Berthold já tinha uma visão estratégica de interatividade na comunicação, o mesmo afirmava que não poderia haver uma receita pronta, mas que a interatividade era importante para a construção da comunicação seja no teatro no rádio.
Na época em que a luta entre capitalistas e socialistas dividiam opiniões na Alemanha, o rádio tornou-se uma das principais fontes de comunicação, embora já existente a mídia impressa.
Quando a internet chegou ao Brasil, a primeira percepção que se teve era que as demais mídias perderiam espaço, inclusive o rádio. Com o avanço da tecnologia e proliferação das mídias digitais, a afirmativa era constante mas, pelo contrário, o rádio aprendeu a adaptar-se a todas as circunstâncias, assim como fez com a televisão.
O rádio se deslocou para dentro dessas mídias abraçando-as e trazendo-as para seu contexto sem perder a originalidade de suas programações. A propaganda radiofônica, por sua vez, se beneficiou com essas tendências, pois não apenas no aparelho de rádio, mas na internet, seus jingles e SPOTS também estariam presentes.
A tecnologia trouxe benefícios para o rádio, além do rompimento de barreias de alcance. Através da internet pode ser ouvido, o mundo todo pôde ter acesso ao rádio e as informações trazidas por ele. Perfis e opiniões sobre seu serviço ajudaram, cada vez mais, a forma de fazer rádio.
Além da internet, os aparelhos tecnológicos também trouxeram uma série de benéficos para o meio, pois o ouvinte não mais precisa estar parado em um local para ter acesso ao conteúdo radiofônico. Ele pode estar presente em qualquer lugar e por vinte e quatro horas. Celulares, tablets, smartfones, entre outras tecnologias que levam o rádio a agregar em sua programação, tornaram-se facilitadores da comunicação em massa beneficiando esse meio que agora pode estar presente em todos os lugares do mundo. Essa convergência já existia antes da revolução digital, porém sofre, constantemente, adaptações.
As constantes mudanças que o rádio enfrentou nos ensina sobre o novo comportamento social. Quem nunca deixou a TV ligada enquanto fazia outra coisa em casa? Quem consegue focar 100% na programação e deixar o celular completamente de lado? Poucas pessoas, certamente. A web se tornou parte da vida das pessoas e meios de comunicação tradicionais aprenderam que, por maiores que sejam, precisaram migrar para o mundo online também.
O intuito da era digital e a implantação dessa nova cultura é exatamente gerar essa troca com o usuário para facilitar a comunicação, pois o feedback sempre foi importante na profissionalização das áreas. E quando se trata de comunicação, isso é, de fato, indispensável.
A tecnologia tem influenciado todos os meios de comunicação e trazido benefícios para a execução e propagação das mensagens. No rádio uma série de fatores foi adaptada à nova era do conceito digital, desde a atualização dos equipamentos para oferecer maior qualidade na comunicação, até a utilização dos meios como Redes Sociais e sites interativos para atrair mais ouvintes. A migração para plataforma online e mobile ajudou bastante os sistemas de comunicação fazendo com que eles não perdessem seu espaço no mercado.
Na mídia, a produção de conteúdo depende dessa convergência, pois se trata da união de diversos meios de informação unificada e pronta para a geração de conteúdo, redações, programações e para produção de tais materiais multiplataformas que têm como objetivo a produção de informações e a gestão orientada desses materiais.
Para o rádio, a convergência é uma das principais responsáveis tanto na manutenção, como na geração de nova audiência.
Desta forma podemos destacar 3 lições que o rádio traz:
É PRECISO ADAPTAR-SE
Os desafios no mundo do marketing e da comunicação são constantes e é preciso flexibilizar a mente para se adaptar as mudanças do mercado. Graças à internet a comunicação pode ser mais abrangente e direta, hoje ninguém vive mais sem web, ela é intrínseca na rotina das pessoas, logo, não adianta as empresas estarem apenas no off-line, é necessário adaptar-se.
INTERAÇÃO COMO PRATICA DE CO-CRIAÇÃO
Um dos cases recentes, que particularmente achei incrível, foi o da Halls. No começo do ano eles criaram uma linha de mini pastilhas com uma nova fórmula apostando no sucesso do produto, no entanto, o público não ficou muito satisfeito com a novidade e algumas pessoas resolveram reclamar nas redes sociais.
A repercussão e reclamações foram tantas que a empresa resolveu “destruir” seu produto e voltar ao anterior. Criaram um vídeo de forma divertida pedindo desculpas pelo erro e informando a retomada da fórmula anterior. Ou seja, se não fosse a interação do público e a maturidade da empresa de perceber que as críticas são importantes, eles não teriam saído do erro e o resultado não seria satisfatório.
NÃO DESISTA
Imagine se o rádio ou a TV simplesmente desistissem de ser o que são por causa da internet. Imagine se com a chegada dos mp3, iTunes, Spotify… o rádio parasse de exibir a programação… Pelo contrário, uma das grandes lições que os meios de comunicação tradicional podem ensinar no mundo dos negócios é o de nunca desistir por causa da primeira barreira, mas sim utilizar o problema como trampolim para a inovação.
Faça um diagnóstico da sua empresa, utilize ferramentas como KPIs para medir o desempenho e trace estratégias inovadoras para o seu negócio. Usando a estratégia certa e a força da internet seu negócio pode ser um sucesso.
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