Dia primeiro de setembro foi anunciada a Alliance for Open Media, um projeto em conjunto entre gigantes da internet para o desenvolvimento de um novo formato de mídia. O projeto pretende melhorar a forma como transmitimos vídeos online e pode melhorar a vida tanto de usuários quanto de produtores de conteúdo. Entenda por que essa tecnologia está mudando e como você pode se preparar para aproveitá-la desde já!
A ALLIANCE FOR OPEN MEDIA
A Alliance for Open Media (AOM) é uma entidade formada por um grupo de grandes empresas do ramo da internet. São elas: Amazon, Cisco, Google, Intel Corporation, Microsoft, Mozilla e Netflix. Estas gigantes se uniram com o objetivo de desenvolver, até 2017, um novo formato de vídeo com tecnologia aberta. O objetivo é “trabalhar em conjunto na busca de soluções abertas, royalty-free e interoperáveis para a próxima geração de entrega de vídeo”, como explica Gabe Geada, diretor executivo da Alliance for Open Media, em anunciado oficial.
Em outras palavras, todas essas cabeças estão pensando em desenvolver: 1) novos codecs de mídia, 2) novos formatos de vídeos e 3) tecnologias relacionadas a esse propósito. Primeiro, vamos entender porque parece necessário desenvolver tudo isso, para depois desvendar como essas mudanças vão impactar quem possui – ou pretende possuir – uma estratégia de negócios pela internet.
POR QUE É PRECISO MUDAR?
Não vou enganar ninguém. O objetivo de desenvolver novos codecs e formatos de vídeo cai, principalmente, no atual pagamento de royalties, que hoje se encontra concentrado na MPEG LA, a licenciadora dos formatos mais utilizados (H.264 e H.265). Ao desenvolver um código aberto e livre de royalties, as empresas da AOM e todas as outras poderão fornecer streaming de vídeos com alta qualidade, através dessa nova tecnologia, além de reproduzi-los em diversos formatos de softwares e aparelhos. Tudo isso sem pagar royalties a mais ninguém.
Além disso, é claro, contamos com outras necessidades que serão atendidas com a mudança. A padronização dos formatos facilitará o desenvolvimento de tecnologias para captura, edição e reprodução de vídeos, além de melhorar o fluxo de dados através da internet.
Para o usuário final isso significa: acessar a mais vídeos em alta definição, mesmo utilizando uma internet mais lenta e tecnologias menos avançadas. Provavelmente teremos mais gente assistindo a vídeos online e, consequentemente, mais concorrência e profissionalização no setor.
COMO ISSO VAI FUNCIONAR
Para entender como você poderá assistir a vídeos de alta resolução e baixa transferência de dados, é preciso entender o conceito de streaming. Sugiro acessar esta definição completa, que resumo mais abaixo:
“Streaming é uma tecnologia que envia informações multimídia, através da transferência de dados, utilizando redes de computadores, especialmente a Internet, e foi criada para tornar as conexões mais rápidas. ”
Um exemplo de streaming é o feito pelo Youtube. Mas é em eventos on-line e ao vivo que fica bastante evidente a velocidade dessa transferência de dados. Uma chamada de vídeo entre duas pessoas às vezes já revela nossa precariedade para fazer streaming com qualidade, e tanto áudio quanto vídeo acabam sendo distorcidos por conta da baixa qualidade dessa transferência.
É exatamente isso que a Alliance for Open Media está visando melhorar.
COMO O NOVO FORMATO PODE IMPACTAR O MARKETING DIGITAL
Como você utiliza os vídeos em sua estratégia digital? Segundo uma pesquisa do Google com a Ipsos, o usuário mobile se distrai 2x menos assistindo a vídeos pelo celular, do que comparado à televisão. Durante um dia, 98% deles utilizam seus smartphones para ver vídeos. Não bastasse isso, esses usuários ainda são 1.8x mais propensos a se engajarem com o propósito do vídeo. Achou pouco?
Com esse novo formato de vídeo procurado pela AOM, o acesso ao conteúdo de vídeos online ficará ainda mais facilitado. Usuários que vivem em lugares em que a velocidade de internet ainda é pequena terão mais facilidade com o carregamento dos vídeos para assisti-los e compartilhá-los.
Isso significa: mais gente assistindo a seus vídeos! E o melhor de tudo: gente engajada, atenta e disposta a compartilhar seu conteúdo. Isso significa melhores:
- Hangouts, com potencial de ainda mais participantes e menos ruídos e interrupções;
- Webinários, que poderão incluir ainda mais recursos;
- Reproduções de vídeos em diferentes tecnologias, o que permitirá mais flexibilidade;
- Transmissões ao vivo em alta definição;
- Estatísticas de acesso aos vídeos e outros mais.
Como você pretende utilizar os vídeos nesse futuro próximo? Já dá para planejar, pois, com tanta gente boa colocando a mão nessa massa, é provável que ela fique do jeito que a gente está precisando!