Uma pesquisa recente indicou que e-commerces brasileiros não sabem fazer descrição dos produtos que estão à venda. O levantamento foi realizado pela Lett, empresa de referência nacional em trade marketing digital. Os dados foram coletados após analisarem as 57 maiores lojas virtuais do Brasil.
Juntas, essas organizações são responsáveis por 56% das vendas do e-commerce brasileiro. E o resultado não foi tão animador assim. A pesquisa mostrou que apenas 40% das empresas descrevem corretamente os produtos vendidos, ou seja, grande parte das mercadorias está com informações incompletas.
E-commerces brasileiros e descrição dos produtos
A Lett tem um indicador próprio de qualidade, o EQI (E-commerce Quality Index), e apontou que as lojas virtuais brasileiras ficaram abaixo da média na avaliação. Em uma escala de 0 a 10, as organizações tiveram nota 5,3, índice considerado ruim.
Para fazer as análises, a Lett utilizou critérios como descrição do título dos produtos, navegação do usuário, número de imagens e até mesmo se o item era avaliado pelos clientes. De todas as páginas avaliadas, apenas 7% continham comentários do público, e menos de 10% dessas avaliações tiveram nota superior a quatro estrelas.
Melhorias no e-commerce brasileiro
Para Rodrigo Carvalho, cofundador da Lett, o e-commerce brasileiro tem muito o que crescer nos próximos anos. Um grande desafio do setor é oferecer ao consumidor uma experiência de compra superior ao das lojas físicas. A experiência de compra, como falamos recentemente aqui no Digaí, é um fator levado em consideração pelo público.
Embora o consumidor esteja satisfeito, ele não está habituado a mostrar isso nas páginas de venda. Ricardo Carvalho disse ainda que faltam ferramentas e processos que possam dar voz ao cliente. Para a realização do estudo foram analisadas mais de 2 milhões de páginas de 12 categorias de produtos diferentes.
E aí, amigo, você acha que a descrição dos produtos no e-commerce brasileiro é feita corretamente?