Há um mês publicamos aqui no Digaí que as transportadoras privadas vêm ganhando cada vez mais espaço no mercado. Além da qualidade na prestação do serviço, pesquisas apontam que os Correios, responsáveis pela maioria das encomendas do país, estão perdendo cada vez mais clientes.
E a decisão da estatal em aumentar o valor dos fretes no final de fevereiro foi uma atitude que prejudicou não só as empresas, mas também o consumidor. Desde então, os maiores e-commerces do país, como o Grupo Netshoes, dono da Netshoes e Zattini, e o Mercado Livre, iniciaram um movimento contra as novas taxas.
Motivos para o aumento do valor
Ainda em fevereiro, os Correios lançaram uma nota esclarecendo os motivos que levaram ao aumento dos valores. Segundo a empresa, os encargos relacionados à prestação do serviço (pagamento de funcionários, aluguéis, combustível, entre outros) e até mesmo a segurança do país interferiram na decisão.
O Rio de Janeiro foi a cidade que rapidamente sentiu o impacto da nova medida, devido à instabilidade vivida no local. Até mesmo uma taxa emergencial foi aplicada no valor final das entregas na região. Segundo as empresas, isso pode impactar diretamente não só a própria organização, mas também no preço final oferecido ao cliente.
Consequências
Segundo o Grupo Netshoes e Mercado Livre, o impacto no valor final será de até 30% nos valores praticados, e não 8% como os Correios tinham noticiado. Daniel Aguiar, gerente sênior de marketing do Mercado Livre, revelou que a estatal deveria reconsiderar a decisão tendo em vista que a inflação no país no ano foi de 3%.
Já Graciela Kumruian, COO da Netshoes, disse que ao receber a tabela com os novos preços dos Correios, o aumento médio ficou entre 25% e 30%. Isso pode interferir diretamente no preço final para o cliente e aumentar ainda mais a preferência pelas transportadoras privadas, tendo em vista que elas já vêm ganhando espaço no mercado.
E aí, amigo, você achou que o aumento dos valores foi desproporcional?