Após a atualização no feed de notícias do Facebook para reduzir a distribuição de matérias com manchetes caça-cliques, a empresa anunciou nova estratégia para evitar a difusão de informações fraudulentas. A proposta é relacionar notícias de veículos associados à empresa, que se encarregam de verificar as informações sobre qualquer conteúdo amplamente divulgado e que for de origem duvidosa, também chamado de “fake news”.
A rede social vem desenvolvendo, desde do ano passado, parcerias com organizações internacionais que verificam as informações publicadas na rede. Antes desta nova atualização, quando identificadas postagens com informações inautênticas, os verificadores sinalizavam as publicações de caráter duvidoso com um ícone em formato de triângulo vermelho.
A atualização no sistema de verificação das informações
Os responsáveis pela mudança no Facebook anunciaram a nova estratégia na última quinta-feira (21), nos Estados Unidos, e consideraram que o ícone de advertência pode produzir um efeito contrário ao esperado. “Conversando com usuários percebemos que caçar a desinformação é um desafio”, emitiram em nota oficial. Com a atualização, as postagens duvidosas perderão o símbolo de advertência e ganharão o acréscimo das notícias das mídias confiáveis associadas ao Facebook.
Para os desenvolvedores, a nova atualização limita o número de vezes que se compartilham informações falsas. Em entrevista para a Agência Brasil, da Empresa Brasil Comunicação (EBC), o Facebook afirmou que tem responsabilidade de combater a desinformação. “Sabemos que, em muitos casos, os sites que espalham desinformação têm motivações econômicas, então temos atualizado nossos sistemas para reduzir esses incentivos”, esclareceram. A atualização já está sendo implantada há alguns meses.
O fake news e o caso Rússia
Atualmente, Washington acusa a Rússia de utilizar o Facebook como plataforma para a disseminação de informações falsas para influenciar na campanha eleitoral de Donald Trump. Em outubro desse ano, o a rede social informou que grupos russos publicaram 80 mil posts por mais de dois anos num esforço de influenciar a política americana, e que 126 milhões de americanos viram as postagens durante esse período.
Segundo a empresa, a maioria das publicações se concentrava em mensagens que pareciam buscar divisões sociais e políticas, como em relação ao controle de armas. Para reverter essa onda globalizante de fake news, o Facebook tem feito campanhas de marketing no Brasil e em outros países, dentro do próprio Feed de Notícias, com dicas para auxiliar as pessoas a identificar notícias falsas.
E aí, amigo, quais são as mídias que você confia e utiliza para se manter informado?