Seja para ganhar dinheiro, acrescentar prática à vida acadêmica, “salvar” um amigo, aprender com quem já atua na área ou para experimentar o trabalho da área, a decisão de assumir um freela de comunicação envolve muitos argumentos e discussões, mas todas garantem o contato com o ofício da comunicação, seja por um tempo determinado (que você pode cativar a transformar em fixo) ou até o trabalho finalizar (que você pode renovar).

Formação

Mas, antes de pegar qualquer serviço de comunicação, certifique-se de que você tem a formação necessária para aquele trabalho. Não pegue qualquer trabalho apenas por questões financeiras ou curriculares, porque as consequências serão piores (nome sujo no mercado, quebra de confiança, menos porta de entrada para futuras contratações). Faça o que você sabe que tem domínio na área. É melhor não aceitar, conseguir instrução para aquela temática de trabalho e tentar algo futuramente do que pegar e não conseguir dar conta.

Outra situação se diz respeito à parte legal do freela. É necessário apresentar nota fiscal do seu trabalho, firmando-se como autônomo. Então, é bom se cadastrar como Micro Empreendedor Individual (MEI), realizar seu cadastro de Inscrição municipal e todo processo, que você pode encontrar o passo-a-passo aqui.

Entretanto, é um trabalho terceirizado, sem vínculos empregatícios, o qual pode ser resolvido com um acordo. Se estiver trabalhando e pegar um freela para complementar uma renda, ajudar um amigo ou apenas para tirar uma grana, é bom pelo menos fazer um contrato registrado, um recibo, algo que prove que estará fazendo esse trabalho e será remunerado por isso.

Especialização

Tenha uma especialização, algo que você domine com facilidade, que seja sua porta de entrada, que seja reconhecido por aquela tarefa em específico. Assim, você  realizará um trabalho excelente e ele será sua porta de entrada para outros trabalhos, porque falarão bem do seu profissionalismo.

Eventos

Participe de eventos relacionados à área de comunicação da sua cidade, ou da sua região, como encontro de jornalistas, blogueiros, eventos acadêmicos, de reunião de profissionais, coffee breaks de comunicação, feiras de tecnologia, etc. Converse, faça contatos, procure saber dos negócios, se há uma falha de comunicação ou a inexistência do trabalho e como você pode contribuir para aquela empresa. Cultive contatos e cultivará trabalhos.

Detectar falhas nos negócios

Uma amiga de longa data queria montar uma loja de sobremesas e fazer entregas de pedido. Tava dando tudo bem, ela estava tendo uma clientela, até que começou a escutar sugestões de uma identidade visual para o seu trabalho, pois ela não tinha logo, cartão, caixas personalizadas, nada. Apenas ela e seus quitutes. Aí, com o feedback dos clientes ela entendeu a necessidade de adquirir um posicionamento visual da sua marca.

Geralmente, a captação de clientes está ligada à necessidade que ele terá no momento. Essa necessidade pode ser interna, ou seja, partindo do próprio em visualizar as falhas da área e recorrer a alguém para corrigir e ajudar o seu negócio ou ela pode ser cultivada, apontada por pessoas com quem tenha um nível de confiança e que podem contribuir para a sua marca. Quando um cliente não vier a você, seja observador, veja os negócios ao seu redor, quais falhas eles apresentam e como você pode resolvê-las. Não espere indicações ou que você se transforme em um ímã humano. Seja a solução.

Equilíbrio

Ok, agora você tem seis clientes e está fechando com um sétimo. Isso é bom? Isso é excelente! Mas você precisa ter uma rotina para atender cada um da forma adequada, com atenção, cumprimento de prazos, demandas, deadline e o contato que o cliente deseja com você. Lembre-se que são clientes, pessoas diferentes com seus hábitos, assim como você. Tenha a sabedoria de trabalhar com o número de clientes que conseguir atender com a mesma qualidade. Monte um planejamento diário e semanal das suas tarefas, reuniões, prazos e entregas de  trabalhos para atender da forma certa cada um.

E você com certeza tem algumas curiosidades sobre a vida de freelancer.

É arriscado?

Sim, mas para quem não se organiza previamente ou não tem uma rotina flexível. Os riscos são muitos. Ficar sem receber, realizar um péssimo trabalho por motivos terceiros, ficar com o nome profissional sujo, não receber indicações, perder credibilidade. Mas, para quem se programa e sabe onde vai pisar, não tem quase nenhum risco.

Ganha dinheiro?

Isso depende de você. Quanto você vai cobrar pelo seu trabalho? O seu custo vale a pena? Você consegue fazer num tempo determinado, com a melhor qualidade e originalidade? O que você apresentou (sim, você precisa montar um planejamento do que vai fazer antes mesmo de fechar acordo) vale a pena?

Te torna mais conhecido?

Depende. Certamente, se fizer um ótimo trabalho, as chances de conseguir indicações serão maiores, será mais reconhecido e começará a atrair mais clientes. Entretanto, para quem atua como ghost-writter, por exemplo, fica complicado, porque seu conteúdo pertencerá a quem lhe pagou, e “não a você”. Mas, obviamente, que um bom trabalho chama a atenção de empresários, empresas, administradores, gestores e interessados no ofício de comunicação.

Se entrar nessa vida freelancer, cerque-se de informação, domínio do que se propôs a fazer, realize o melhor trabalho e faça seu nome crescer como um bom profissional. Quem sabe esse freela não vira algo fixo?

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