A Mini Reforma Eleitoral deixou algumas armadilhas que precisam ser bem dimensionadas, e a web é em grande parte a saída.
As eleições de 2016 já estão armadas para ocorrer, embora o TSE tenha até o dia 5 de março para emitir novas instruções, sempre baseadas na lei vigente, como a Lei das Eleições (Lei 9.504/97) e na Mini Reforma Eleitoral de 2015 (Lei nº 13.165/2015).
O tempo de campanha é reduzido de 45 para 35 dias, isso para chamar atenção entre muitas mudanças que se somam, obrigando aos candidatos e aos partidos reformularem tudo que se pensa para a campanha. Com menos tempo de campanha os candidatos a vereador mais conhecidos levam vantagem de saída. Com esse cenário, temos repetido: as eleições serão decididas em grande parte na internet.
Você já pensou o seu marketing político digital?
O grau de sucesso dos candidatos, usando a mídia social e conteúdo online para envolver os eleitores, será a grande régua do ano. A vitória vai depender de como os políticos podem aproveitar o poder das mídias sociais e de conteúdo otimizado em suas campanhas.
Será muito feliz aquele que conseguir capitalizar as “curtidas” do Facebook e do Twitter (e em menor escala outras redes, mas não menos importante) para interagir com os eleitores, com seus seguidores, derivando a distribuição do conteúdo para um público mais amplo, como família e amigos.
Assim, a comunicação social durante a campanha eleitoral será tipo a atiradeira de Davi para vencer Golias. Sim, porque segundo os especialistas, a reforma de 2015 favorece em grande parte quem já está no poder e pretende se reeleger.
Usar a mídia social é cada vez mais vital para os políticos, particularmente aqueles que procuram alcançar os eleitores mais jovens. Essa será a grande alavanca para escalar a campanha de vereador na web. Os jovens agora estão acostumados a ver conteúdo político em suas linhas do tempo de rede social, pois eles não confiam nas emissoras de radio e televisão, ou grandes impressos.
Os usuários do social digital também tendem a ser politicamente mais ativos. E esse comportamento pode induzir as pessoas a irem mais até a urna eleitoral. Óbvio, as pessoas que são politicamente mais ativas online estão sempre mais predispostas a votar, do que os que não participam de ações sociais.
O certo, portanto, é que os candidatos à câmara municipal de 2016 já estejam a engrenar suas atividades de mídia online e social à frente dos concorrentes, pois, afinal de contas, a pré-campanha está liberada.
É hora de contabilizar seguidores no Twitter e no Facebook, juntamente com ações e curtidas. É crucial acompanhar passo a passo a visibilidade social combinando os perfis construídos (com base em ações sociais agregadas de seu conteúdo do site e de blog distribuídos através de Facebook, Twitter, LinkedIn, Pinterest e Google+). Isso é de muito mais importância do que certas movimentações iniciais.
Os candidatos têm de mirar em aumentar o envolvimento dos seguidores nessas plataformas. Aquele candidato que conseguir um engajamento expressivo no primeiro trimestre poderá contar como uma vantagem estratégica. E assim ficar de olho a cada pontuação da visibilidade social. Vamos esperar para ver como os números sociais aumentam à medida que os candidatos comecem a engrenar suas campanhas.
Por outro lado, está também dada a largada para construir e distribuir o conteúdo elaborado com base em pesquisas. Desse modo, a campanha que acompanha o que o eleitor quer saber já está bem posicionada nesse campo da disputa. Estabelecida essa pesquisa, o passo seguinte é criar curadoria de conteúdo. Então, na sequência virá a distribuição que deve ser engenhosa, no sentido multicanal da engenhosidade. Os candidatos a vereador devem criar conteúdo significativo (blogs, vídeo, imagens), focado em seus temas de campanha importantes, trabalhar uma agenda política da cidade e integrar com sucesso ações sociais.
Assim, vamos esperar para ver os níveis de engajamento, quando se trata de partes sociais de seu conteúdo, e a emergência desse material nos sites de buscas como o Google. Dada a atual importância das mídias sociais a eleição de 2016 será, sem dúvida, o pleito mais social que já acompanhamos no nosso país. Ainda por cima, leve em conta, a interação digital de uma comunidade que se conhece off-line pode ser sempre muito maior do que as disputas de espectro estadual e federal.
Visibilidade social é um indicador útil
À medida que a campanha se desenvolver poderemos ver como está a visibilidade social e detectar atualizações regulares sobre os vencedores e perdedores. Visibilidade social é um indicador útil de como o conteúdo compartilhável ou viral de um site está na mídia social. Os analistas de dados deverão estar muito ocupados com o que está publicamente disponível.
Grande poder está agora concentrado nos partidos. Serão eles o agente de dinamização das campanhas para atrair mais eleitores, já que os candidatos estarão com os caixas fracos. O desafio é ver se eles serão capazes de efetivamente envolver os eleitores mais jovens na mídia social.
No mundo inteiro as corridas digitais eleitorais se basearam no sucesso de Obama (utilizando social e digital para a vitória), num esforço para puxar a juventude engajada online. Inclua nessas ações táticas para trazer aqueles que são socialmente influentes e fazer deles os defensores da causa em foco.
Nessa estratégia também deve haver um programa para as comunidades online, pois elas têm sido uma solução que dá muito resultado com baixo custo. Criação de fóruns online, abordando consultas para conectar com os eleitores, deve ser uma parte essencial das táticas de cada partido ou político. Evangelizar e converter é uma batalha dura. Táticas como comunidades online têm sido uma ótima maneira de abordar os eleitores de modo pessoal, em fóruns onde eles podem interagir, em referendos e consultas simples e cotidianas.
Quando respondidas por um representante da campanha o relacionamento sempre produz alto índice de engajamento. Esse apoio pode ser um diferencial competitivo, uma comunidade online deve caminhar lado a lado com qualquer estratégia digital.
Nos últimos tempos todos nós testemunhamos uma grande desconexão entre políticos e pessoas. A interatividade do digital pode construir uma bela ponte para superar essa situação.
E você, candidato ou profissional de campanha, já traçou seus planos?
Esse é o ano da CAMPANHA DIGITAL!!! 😉
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