Como a comunicação política se estrutura com o digital. Os fatores e os atores nesse cenário vivo.
As campanhas políticas de hoje são muito mais do que comícios e debates na TV. Agora há muito mais no marketing político do que isso. Os políticos estão se preparando melhor para lidar com meios de comunicação social, que se configuram algo tão importante quanto foi no passado às entrevistas coletivas. Sim, as coletivas ainda existem e têm sua importância, mas tudo que sair nos meios de comunicação de massa pode ser contestado com largueza pela mídia social.
E não é só. O calendário para as eleições também foi alterado, pois na web as coisas crescem muito, mas demandam tempo, tal como a agricultura. Assim, os políticos correm para fazer pré-campanha até dois anos antes das eleições propriamente ditas.
O novo eleitor
O comportamento do eleitor digital mudou, por isso o político tem de ir atrás desse novo ator. Ele produz mídia, embola o jogo, interferindo diretamente em grandes decisões políticas. Nas redes sociais ele diz o que pensa, promove e desanca atores políticos, que têm que dançar com as músicas que o social toca. Isso pode ser equilibrado com um relacionamento com esse eleitor tecnológico e ativo. É preciso conversar com ele, ouvir e responder com autenticidade. Consumir o conteúdo que ele produz e produzir conteúdo específico para ele.
As novas tecnologias abriram tantas possibilidades, que aquele que deseja participar de disputas eleitorais, deve organizar sua equipe de marketing digital com profissionalismo. Não cabe mais o improviso com “sobrinho” tentando lançar mensagens soltas na web. A pedida é se conectar com públicos específicos com muitas maneiras novas. Novas táticas de marketing de marketing digital surgiram em campanhas políticas. Para entender melhor o valor do marketing político digital é importante dar uma olhada no que a tecnologia está sendo empregada, no sentido de operar com os dados dos eleitores orientando as mensagens e destinação.
O jogo de dados
As campanhas estão diferentes porque usam várias formas de comunicação de mídia digital e social em particular, de uma forma aberta, mas estratégica. Essas medidas conseguem mais seguidores e engajamento em vários canais de mídia social. Por exemplo, nas campanhas de Obama, sua equipe com modelos de previsão, selecionaram como eficazes certos tipos de mensagens. Quando se tratava de mulheres, os cuidados de saúde era um grande problema. A campanha enviou várias peças de marketing de mala direta, anúncios de TV foram ao ar com foco em direitos das mulheres. Os resultados responderam inteiramente as expectativas com excepcional eficácia.
No marketing político digital os dados inteligentes, histórias personalizadas, vários canais em sinergia, e acompanhamento de desempenho têm de necessariamente compor uma estratégia. Do contrário o projeto de eleição não está bem dimensionado, ou o político ou os assessores,ou os dois, muito provavelmente, não estão sendo competentes para a demanda.
E-mail marketing
O uso do e-mail disparou. Os profissionais de marketing descobriram que nos e-mails os robôs das redes sociais ou dos sites de buscas não inteferem. O único filtro que há é a disposição do assinante em abrir a mensagem. Foi assim que a caixa de entrada virou um dos principais alvos políticos no mundo inteiro. A engenhosidade de campanhas de e-mails marketing usam psicologia, literatura, semiótica e tudo que se possa para seduzir um receptor regular de mensagens. As listas de e-mails segmentadas e atualizadas estão agora entre os mais valiosos ativos de uma campanha política.
A ideia é que o candidato mantenha estreita relação com audiências personalizadas. Mas, essas listas não são fáceis de manter. Elas dão trabalho semelhante a uma agricultura sofisticada. É necessário trabalhar diuturnamente com mensagens que entreguem conteúdo relevante. Ter esses dados e não manter progressão é inútil. Do mesmo modo que não produzir conteúdo com informações relevantes, é o mesmo que ter uma máquina esporte fantástica apodrecendo na garagem. Esse conteúdo tem de realmente ressoar fundo no coração do eleitor.
Storytelling
O poder de contar uma história sempre foi um trunfo para toda a comunicação desde os tempos imemoriais. O marketing político digital tem usado isso com maestria. Por que as pessoas se derretem em lágrimas assistindo o Titanic? Porque a mente humana não distingue se está vivendo ou assistindo uma história. As campanhas políticas são grandes e espaçadas novelas, a qualidade só depende do talento de quem conta, jamais do público.
É por isso que esse recurso incentiva o engajamento dos eleitores em várias ações. O storytelling está entre os recursos mais bem pagos, pois profissionais de conteúdo tem de ser criativos, para atrair e manter o eleitor grudado na mensagem da campanha, que é contada como uma história.
Marketing Multicanal
O uso de múltiplos canais dentro e fora da web é essencial para uma campanha. Essa é a razão do surgimento do marketing multicanal, uma orquestração de todos esses fatores para fisgar o eleitor no canal que ele preferir, no momento propício. A estratégia pensa também que ele pode começar a receber uma mensagem num canal e ir se inteirando do total da comunicação em outros canais. Tipo, recebo um e-mail, respondo por telefone, depois alguém me visita pessoalmente, concluindo a prospecção. Essa é uma maneira bastante simples de dizer algo que está por demais sofisticado.
A intimidação do celular
Então, senhores políticos, com a explosão do uso de smartphones, não ter uma estratégia digital para a campanha e ao mesmo insistir em participar das eleições, é como adiar a decisão de desistir completamente. Não faça assim, caia fora logo. Esses dispositivos são a grande ferramenta de marketing político digital da vez. É fácil ver que esses aparelhos mudaram a paisagem física. O tradicional outdoor está sem público, porque todos estão com os olhos na telinha em suas mãos. O caminho a percorrer, sem negligenciar as pessoas que vocês precisam atingir, passa necessariamente pelo celular.
Conte tudo!
Por último, como devia ser, falemos de medir os resultados. No marketing tradicional manipulava-se a inteligência do público e dos clientes com pesquisas milionárias, que por tão caras intimidavam. O diabo que a maioria era pura retórica vazia. Tem muita pesquisa científica que gasta milhões, segurando tudo na conversa e nada mais. No marketing era assim. No marketing político digital tudo é medido. Você testa e apura. A monitoração disponível é farta e barata. Por isso que você não precisa ouvir sedutores farsantes. Os resultados são a bússula das suas decisões. Essa é uma rápida visão do marketing político digital, veja como você pode usar esse campo com vantagem na sua campanha.
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