Você já parou para pensar porque alguém escolheria seu produto ou serviço? Sendo mais claro, eu não estou me referindo à necessidade que você resolve – pois há uma grande chance de haver outros se propondo a sanar o mesmo problema que você.
O que me leva a questionar: por que alguém compraria de você e não de qualquer outra pessoa na face da Terra? Ou ainda: por que alguém escolheria você, mesmo já tendo escolhido uma ou mais pessoas?
Por que você?
Não adianta dizer que é “o melhor” sem responder o que isso significa. Se eu disser para você que eu sou o melhor colunista do Digaí, você provavelmente vai querer saber o que me faz melhor do que os outros. Ou quem sabe, em quê eu sou melhor.
Algo tão vago assim não será muito efetivo para o meu posicionamento diante de outras pessoas que se propõem a fazer a mesma coisa que eu.
Pode ser que você esteja pensando “mas eu não quero ser arrogante ao ponto de me considerar melhor do que os outros”. E esse é o ponto. Você não tem que ficar se achando melhor ou pior do que alguém. Mas também não pode ignorar que para ser escolhido para qualquer coisa você tem que dar um bom motivo.
Fazer valer a pena.
E num mundo com tanta gente disputando a atenção do seu público alvo, o que te distingui dos demais?
O que você tem que eu não tenho?
Em primeiro lugar, você deve ter a solução para um problema.
Exemplo: Se eu precisar comprar pão eu vou a uma padaria e espero que, no mínimo, haja pão. Ou isso reduzirá drasticamente as minhas chances de comprar escolher essa padaria.
Em segundo lugar, você tem que se diferenciar.
Exemplo: Suponhamos que em frente à minha casa há duas padarias, se ambas são competentes na entrega de pão, mas na segunda os funcionários forem mais simpáticos, certamente serei cliente dela.
Porém se uma terceira padaria aparecer por lá e além de fazer tudo o que as outras fazem oferecer algo a mais, como entregar o pão na minha casa, será a minha escolha certa.
Você deve ter notado que minhas escolhas acabam sendo feitas com base em pequenos detalhes que acabam sendo definitivos na hora de destinar para quem vai o meu dinheiro. Já que eu terei que gastá-lo com pão de qualquer jeito.
Identidade
Seja qual for a sua distinção, essa será a sua personalidade. E é isso que fará com que diferentes perfis de clientes se identifiquem com você. E uma vez que você foque nas características que compõem sua identidade, você será lembrado. Seja pelo seu publico alvo, seja por qualquer outra pessoa.
Assim, uma maçã mordida nos remete a tecnologia e inovação; uma parábola irregular nos remete a superação e aventura, e um recipiente vermelho com letras brancas pode conter a felicidade.
Antes de escolher determinado produto ou serviço, mesmo que motivado pela necessidade, seu cliente busca um diferencial. Nem que seja o preço ou flexibilidade.
Essa é a Proposta de Valor.
Qual é a sua?
Se você conseguir resumir em uma frase o que você faz; como faz; e para quem faz, terá uma proposta de valor consistente e abrirá a porta certa para que os clientes certos entrem.
Há pouco tempo resolvi usar meu canal no YouTube para explorar o seu potencial nos meus negócios. Então, despretensiosamente comecei a enviar vídeos e ir brincando até fazer algo mais sério. A primeira coisa que eu tive que definir foi que tipos de vídeos publicar.
Como vendo aulas de Inglês, nada mais natural do que enviar aulas de Inglês, certo?
O problema é que enquanto eu estou chegando agora sem saber editar vídeos e sem equipamentos profissionais apenas para experimentar, um número incontável de pessoas ao redor do mundo já tem um excelente posicionamento e vem publicando vídeos de Inglês com a melhor qualidade técnica.
Já que eu não poderia competir em qualidade técnica, eu explorei minha espontaneidade e como eu não podia editar os vídeos, fiz algo curto e prático.
O resultado foi vídeos como esse:
Na medida em que fui explorando essa plataforma, fui aprendendo uma coisinha aqui e outra ali e resolvi fazer começar a me posicionar.
De acordo com o tipo de audiência que eu vinha tendo, baseado nas pessoas que estavam me acompanhando, pude traçar um perfil e seguir uma linha editorial. E o principal: ousar.
Hora de resumir numa frase o que eu faço; como faço; e para quem eu faço. Logo: Eu ensino Inglês por meio de elementos da cultura pop para pessoas bem humoradas.
Com um apelo ao humor, além de quebrar o gelo, eu não teria medo de ousar e se alguma coisa ficasse mal feita seria explorada no desenrolar do conteúdo.
O resultado foi vídeos como esse:
É notória a falta de habilidade técnica na produção do vídeo, mas a abordagem usada passou a ser meu diferencial ao ensinar Inglês no meu canal (que não se resume a isso).
E você? Digaí nos comentários o que você faz; como faz e para quem você faz. Esse pode ser o primeiro passo para o seu posicionamento.
E como sempre: Muito sucesso para você!