Dia 04 de fevereiro de 2014 o Facebook completou 10 anos. Uma trajetória de sucesso, em um curto espaço de tempo: de uma ferramenta de troca de informações entre estudantes de uma universidade americana para a maior rede social do mundo, com mais de um bilhão de usuários.
Nesta década, o Facebook criou hábitos, lançou novas formas de interação entre pessoas e empresas e revolucionou o Marketing Digital.
Muitos falam que seu poder de sedução está caindo, enquanto outros acreditam que continuará ainda por muito tempo no topo da preferência dos usuários.
Vint Cerf, um dos fundadores da Internet e vice presidente do Google disse em 2011 que o Facebook teria o mesmo fim da AOL, com grande perda de audiência. Parece que ele errou, pelo menos por enquanto.
Warren Buffet, um dos mais bem sucedidos investidores do mundo, disse em 2012 durante o lançamento da IPO do Facebook que não acreditava numa empresa que dificilmente manteria-se no topo em 5 ou 10 anos. Para ele, não é uma empresa recomendada para investir.
Sean Parker, ex-presidente do Facebook e fundador do Napster, disse, em artigo para uma revista de tecnologia, acreditar que as pessoas estão percebendo a falta de privacidade e o excesso de compartilhamento na rede, e começam a se incomodar com a exposição pública de sua reputação e com a facilidade de gerar problemas de difamação. Na mesma direção, Alexis Ohanian, cofundador da Reddit, afirma que o Facebook vem tomando decisões ruins e desfavoráveis em relação a privacidade dos usuários e isso está afastando as pessoas.
Por outro lado, os números mostram que o Facebook não pára de crescer e nunca lucrou tanto como no último ano. Gráficos de audiência mostram um crescimento linear constante, como no gráfico abaixo de setembro de 2013:
Na comparação com outras redes sociais, continua disparado na preferência dos internautas:
A grande novidade é a compra do Whatsapp. Todos os analistas estão questionando se o valor foi alto demais, porque o Facebook comprou esse aplicativo e qual será a repercussão dele no negócio do Facebook.
O fato é que, apesar dos números crescentes, percebeu-se uma mudança na faixa etária dos usuários, com um grande percentual de pessoas mais velhas entrando no Facebook e jovens usando menos a rede social. Com o uso cada vez mais disseminado dos smartphones, os jovens estão migrando para os aplicativos de conversas online. Os aplicativos são muito mais leves e rápidos do que o Facebook no celular, o que dá a velocidade que o adolescente procura.
Parece que estamos diante de uma nova situação. O Facebook está deixando de ser o local de encontro para todos os tipos de relações sociais. Para trocas de mensagens rápidas, os aplicativos como o Whatsapp estão cada vez mais fortes, para fotos, o Instagram ou o Snapchat não param de crescer, para relações comerciais o Linkedin continua aumentando sua participação e já é padrão. Então, o que sobrará para o Facebook? Será um agregador, um local para se basear uma lista de amigos e divulgar eventos?
O fato é que mudanças estão a caminho e como tudo na era digital, rápidas.