Você sabe o que é Advergame?
Com a saturação da mídia, a procura por meios de comunicação com o mercado tornou-se cada vez mais escassa. Com o avanço das informações, nossa atenção começa a ficar fragmentada. Hoje, é pouco provável que você pare para ver um comercial, como faziam as pessoas antigamente (hoje não aguentamos nem aqueles eternos 5s de publicidade antes dos vídeos do Youtube, quanto mais parar pra ver um comercial).
Então, como atrair nossa atenção num mundo em que, ao mesmo tempo, nossos sentidos estão ocupados em conteúdos distintos? Você está vendo seu Facebook, digitando um texto, ouvindo música, falando com sua mãe, além do seu cachorro estar mordendo seu pé. Difícil ter concentração assim, certo?
Aí eu te pergunto: Qual é o único momento em que você consegue unir todos pontos sensoriais num único foco? Ora, quando você está jogando. Então pensaram; Que tal unir o jogo à publicidade? Eureka! Surge uma nova mídia, o Advergame.
Mas aí dirão os mais conservadores: “Eu vou colocar minha marca/produto para lutar, matar, correr?”. Ou ainda dirão: “Jogo? Isso é coisa de criança”. Não meus amigos, saiam dessa vida jurássica e entendam que jogo não se resume a Mario Bross ou Street Figther.
Ok, e como fazer um jogo para uma marca/produto/serviço? Por onde começar?
Um ótimo “Start” é entender o que diz Johan Huizinga. Escritor holandês e filósofo, ele traz em sua obra, Homo Ludens, o princípio dos jogos. Ele define que faz parte da natureza humana jogar. Essa disputa não é só com o próximo, mas intrínseca – também é o que move a conquistarmos nossos objetivos. Para Huizinga, todo jogo, independentemente de ser analógico ou digital, precisar ser lúdico.
Baseado nessa filosofia criam-se 4 elementos que devem constituir um jogo:
1 – Regras: É a partir dela que se constrói esse mundo ludológico, um novo universo de interação.
2 – Divertimento: Entretenimento é o que atrai nossa atenção. Todo jogo precisa trazer prazer ao usuário.
3 – Tensão: Todo jogo precisa desse princípio. É preciso ter obstáculos a serem superados para chegar à conquista. Sem isso o mundo lúdico torna-se pacato.
4 – Incertezas: Será que eu consigo? Qual será o resultado? A graça é vencer o desafio proposto.
Todo ser humano necessita de recompensa. É com ela que elevamos nossa estima, melhoramos nosso resultado, nos sentimos honrados, com o dever cumprido.
Nenhum outro tipo de mídia traz tanta imersão com a marca, quanto o Advergame.
Tecnicamente falando, há dois tipos de publicidade com jogos:
1 – Advergame: É a imersão da marca com consumidor, sob medida. Ou seja, cria-se um jogo específico daquela marca/produto/serviço.
Exemplo: Quasar Quest.
2 – IGA (In Game Advertise): É a publicidade inclusa no jogo. Ou seja, ela não é o fator principal do jogo. É uma ação secundária.
Exemplo: Placas de publicidade em jogos de futebol, corrida… Etc.
E que tal exemplos de utilização do Advergame? Ah, isso é assunto para outro post…