Vários fatores influenciam na decisão de compra online, negativamente ou positivamente. Negativamente posso citar, dentre muitos outros, o tamanho do formulário de cadastro para o consumidor realizar a compra. Embora empresas utilizem este formulário com o intuito de conhecer melhor os seus clientes e, posteriormente, realizar campanhas segmentadas, o excesso de campos a serem preenchidos aborrecem os clientes. O formulário de cadastro acaba se tornando um grande vilão da taxa de abandono dos carrinhos de compra, devido sua extensão.

 

 

Plataforma de Social Commerce Chipify_Digaí

 

 

Positivamente, dentre muitos outros, estão as estratégias adotadas para  a venda por impulso. Muitas atividades são responsáveis por aumentar as vendas por impulso, como atualizações de perfil em redes sociais, aplicativos de comércio, opiniões e recomendações, e-mail marketing, textos publicados por varejistas, etc.

 

Mas isto não é novidade. Uma solução recente de Social Commerce veio quebrar este fator negativo, agilizar o processo de compra e venda online – e  ainda contém o seu teor web social, o que potencia ainda mais os resultados de vendas por impulso.

 

Estou falando do Chirpify, uma ferramente que permite comprar e vender e realizar doações através do twitter, facebook e Instagram, mas de uma maneira bastante fácil, rápida, sem cartões de crédito, sem carrinhos, nem formulários. Foi desenvolvido pela Portland Ore em parceria com o PayPal e trouxe o conceito 1-Click da Amazon.

 

Um bom argumento que o CEO da Chirpify, Chris Teso,  utiliza é de que “criamos uma plataforma de e-commerce que permite às marcas vender para seu consumidor sem que ele precise sair das redes sociais. É uma forma para as companhias lucrarem com seus seguidores”.

 

 

Como funciona

 

Primeiro de tudo, o usuário precisa se cadastrar no Chirpify e se estiver autorizado, já pode sair comprando.

 

O interessado em algum produto postado pela marca nos feeds das redes sociais, apenas precisa comentar com a palavra “buy” (no facebook) ou somente mandar um tweet “@nomedamarca Buy”. Se quiser fazer doações basta mandar o tweet “@nomedamarca Donate”. Pronto! A venda foi feita, o valor debitado e o processo do envio entra em ação. O consumidor recebe automaticamente um aviso de pagamento e um recibo via e-mail.

 

Para o consumidor, tudo isto é feito de forma gratuita para vender, doar ou mandar um pagamento. Mas para as empresas que pretendem utilizar este modelo de e-commerce, existem planos que podem custar desde 2,9% a 5% do valor da compra, mais trinta centavos de dólar por transação.

 

 

Casos De Sucesso

 

No próprio site da empresa há casos de sucesso de grandes empresas que utilizaram este serviço, como Adidas e da estilista de camisetas, Amanda Palmer, que vendeu no twitter cinco mil dólares em poucas horas.

 

 

Adidas e respectivos fãns interagindo social e comercialmente à postagem de um produto_Digaí
Adidas e respectivos fãns interagindo social e comercialmente à postagem de um produto

 

 

E outras marcas musicais também já aderiram à plataforma como a banda Green Day  que, após um tweet, vendeu três CDs, do último álbum, a cada 55 segundos na primeira hora.

 

 

Tim McGraw utilizando a plataforma e o facebook para vender seu álbum_Digaí
Tim McGraw utilizando a plataforma e o facebook para vender seu álbum

 

 

Um relatório realizado pela Ryan Partnership em Setembro de 2012, indica que as atualizações dos varejistas em mídias sociais têm forte impacto sobre a escolha da loja entre usuários, com 44% dizendo que suas escolhas foram influenciadas pelo canal. Ainda segundo o mesmo relatório, as atualizações em mídia social postadas por varejistas influenciam 17% dos usuários a fazerem compras impulsivas e 10% a gastar mais do que era pretendido.

 

A compra, principalmente por impulso, pode ser estimulada utilizando esta plataforma. Isto é inegável. Realmente o fato da empresa não ter dados dos consumidores através dos formulários de cadastro no site, como acontece neste tipo de comercialização, seria um ponto fraco desta solução. Mas, como o próprio consumidor está fazendo isto através de seu próprio perfil das redes sociais, não há posição mais íntima na qual a empresa possa estar com seu público.

 

Acredito ser uma questão de tempo para as empresas brasileiras ganharem maturidade e começarem a utilizar a plataforma. Assim como partidos políticos e causas sociais começarem a pedir donativos pelo Chirpify.

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